quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Sobre filmes -Tropa de Elite (filme)

é um filme brasileiro de 2007, dirigido por José Padilha, que tem como tema a violência urbana na cidade brasileira do Rio de Janeiro e as ações do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) e da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro.

Foi objeto de grande repercussão antes mesmo de seu lançamento, por ter sido o primeiro filme brasileiro a, meses antes de chegar aos cinemas, vazar para o mercado pirata e a internet.[2] Um dos protagonistas do filme, o ator Caio Junqueira, chegou a declarar que, por mais que achasse a pirataria algo negativo, sabia que havia sido "por causa dela que o trabalho atingiu o público da televisão".[3] Uma pesquisa feita pelo Ibope chegou a estimar que mais de 11 milhões de brasileiros teriam visto o filme de forma ilegal [4] - isso, entretanto, não impediu o filme de ter sido bem-sucedido nas bilheterias, tendo estreado em primeiro lugar[5][6] e obtido uma das maiores médias por sala no ano, com mais de 1000 espectadores por sala na primeira semana, mesmo com um lançamento restrito aos estados de Rio de Janeiro e São Paulo.[6]

Ao criticar os usuários de substâncias ilícitas, atribuindo-lhes a culpa pela expansão do tráfico de drogas e da violência urbana,[7] o filme gerou grande debate na mídia brasileira. As práticas de tortura por parte dos policiais também foram abordadas, gerando questionamentos quanto a uma suposta transformação de tais personagens em heróis em virtude de suas atitudes frente aos criminosos ou à população pobre e aos moradores de favelas.[7] Esse posicionamento, no entanto, é contestado pelo diretor José Padilha [8]

O filme recebeu o prêmio Urso de Ouro de melhor filme no Festival de Berlim 2008.[9] Uma continuação, Tropa de Elite 2, será lançada em 2010.
Elenco principal
Wagner Moura interpreta o Capitão Nascimento, um policial considerado "incorruptível" pelos seus pares, ainda que embora comande uma equipe que se utiliza de artifícios pouco ortodoxos como tática investigativa. O capitão pretende deixar o BOPE com a certeza de que terá um substituto digno e à altura, para isso antes precisa escolhê-lo entre sua nova turma.
Caio Junqueira interpreta o aspirante Neto Gouveia: Um jovem idealista e de temperamento um tanto impulsivo, que decidiu ingressar na PM mas acaba por desiludir-se com a corporação após testemunhar o descaso e a corrupção promovidos por seus colegas de batalhão. Ao tentar ajudar um oficial de seu grupamento que havia sido levado para uma armadilha por outros policiais, Neto travou o primeiro contato com o Capitão Roberto Nascimento e decidiu ingressar no BOPE. Levou consigo seu melhor amigo, o Aspirante André Matias (interpretado por André Ramiro). Em certa altura Neto é cogitado como sucessor de Nascimento, mas acaba morto por bandidos antes de assumir o posto.
André Ramiro interpreta o aspirante André Matias: Negro e de origem humilde, conseguiu a duras custas ingressar no curso de Direito de uma das melhores faculdades do Rio de Janeiro. Matias demonstra ser um aluno aplicado, mas não concorda com tudo o que seus professores e colegas lhe dizem, especialmente quando as aulas vão de encontro à sua vocação como policial, e posteriormente bate de frente com os drogadinhos da escola.
Maria Ribeiro interpreta Rosane: Esposa do Capitão Nascimento, tem constantes discussões com ele sobre seu envolvimento estressante com a tropa e a promessa de abandoná-la. Tenta auxiliar Nascimento a restabelecer seu equilíbrio, sem muito sucesso.
Fernanda Machado interpreta Maria: Maria dedica-se verdadeiramente à ONG na qual é voluntária, esforçando-se para ajudar os meninos carentes que moram no morro dos Prazeres comandado por Baiano - traficante que ela acaba tendo que obedecer, julgando que isso a permitiria continuar com suas ações sociais. Assim como seus amigos de trabalho também é usuária de drogas leves, mas seu envolvimento com um policial - André - muda toda a situação.
Fernanda de Freitas interpreta Roberta Nunde: Estudante de Direito, participa da ONG não por motivos altruístas, mas para ter mais fácil acesso à droga (maconha) ao adquirir permissão para trabalhar numa favela.
Paulo Vilela interpreta Edu: Grande exemplo da hipocrisia criticada pelo filme, Edu é jovem e bem-nascido que critica duramente a repressão policial, mas torna-se um traficante menor, revendendo na faculdade a maconha que compra no morro onde situa-se a ONG na qual trabalha como voluntário.
Milhem Cortaz interpreta o Capitão Fábio: Envolvido com cafetões e prostitutas, vê seus esquemas corruptos serem tomadas por outro oficial logo no início da trama. Seria morto a mando do Coronel do batalhão pelo seu rival Major Oliveira, mas foi salvo por Neto, Matias e o BOPE. Posteriormente, candidata-se junto de Neto e André, ao BOPE, sendo rejeitado durante o andamento do curso. É um policial bastante corrupto porém não um assassino como o Major Oliveira e sua quadrilha, e demonstrou amizade a Neto e Matias quando Fábio compareceu ao enterro do primeiro, morto por bandidos.
Marcelo Valle interpreta o Major Oliveira: É o oficial no batalhão convencional que se torna o "queridinho do coronel" devido às suas atitudes corruptas (coletando o "arrego" do bicho para o coronel). Acaba tomando todos os "esquemas" do capitão Fábio, para depois ter sua féria criminosa roubada, propositalmente, por Neto e Matias, numa jogada de mestre destinada a desmoralizá-lo perante o coronel chefe do batalhão.
Fábio Lago interpreta Baiano: O principal vilão do filme, traficante do morro dos Prazeres onde está sediada a ONG na qual trabalha Maria. Aceita a ONG em seu território pois a mesma se submete à sua "autoridade", mas é extremamente violento com seus opositores e até com seus próprios associados e, finalmente, com os integrantes da própria ONG (Baiano queima um deles dentro de pneus, tal como fizeram, na vida real, com o jornalista Tim Lopes).Prêmios
O Wikinotícias tem uma ou mais notícias relacionadas com este artigo: "Tropa de Elite" ganha Urso de OuroFestival de Berlim, 2008
Urso de Ouro de Melhor Filme.
Festival Hola Lisboa, 2008
Melhor Filme
Grande Prêmio Vivo do Cinema Brasileiro, 2008
Melhor Direção - José Padilha
Melhor Ator - Wagner Moura
Melhor Ator (coadjuvante/secundário) - Milhem Cortaz
Melhor Fotografia - Lula Carvalho
Melhor Maquiagem - Martin Macias Trujillo
Melhor Montagem - Daniel Rezende
Melhor Som - Leandro Lima, Alessandro Laroca e Armando Torres Jr.
Melhores Efeitos Especiais - Phil Neilson e Bruno van Zeebroeck
Melhor Longa-metragem Nacional

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