domingo, 1 de agosto de 2010

"Não penso muito sobre envelhecer", diz Malu Mader

Prestes a completar 44 anos, Malu Mader, a Suzana de Ti-Ti-Ti, revela que, depois de delicada cirurgia na cabeça em 2005, se preocupa com questões mais graves do que um simples pé de galinha.

Você fez Ti-Ti-Ti em 1985. Qual é a emoção de estar nesta nova versão?
É uma grande alegria. Gostava muito do Cassiano Gabus Mendes. Fiquei toda feliz quando fui convidada para fazer Ti-Ti-Ti porque adorava o Luiz Gustavo. Também comecei uma parceria legal com o Cássio Gabus naquela novela.

Ao mesmo tempo em que Ti-Ti-Ti estreia, a Globo já pensa no elenco da próxima novela de Gilberto Braga para o horário das oito. Você não foi convidada? Tem vontade de trabalhar com ele novamente?
Sempre tenho vontade de trabalhar com o Gilberto, pois ele é um ótimo autor. Não pintou convite para a próxima novela dele ou talvez esse tenha pintado primeiro. Gilberto não tem nenhum contrato assinado comigo, não é um casamento. Temos uma amizade que extrapola o profissional e nos falamos de vez em quando.

Em Ti-Ti-Ti, sua personagem é editora de uma revista de moda. Qual é o seu envolvimento com esse universo?
Não sou muito ligada a moda, minha relação é muito superficial. Profissionalmente, muitos atores desfilam, é mais uma possibilidade de trabalho. Eu sempre descarto porque fico bastante tímida. Sempre tive pavor. Não gosto nem de opinar sobre moda porque só uso tênis e calça jeans. Quem é desse universo deve achar que me visto sem personalidade. A verdade é que gosto de chegar antes da roupa.

Sua última novela foi Eterna Magia, em 2007. Por que ficou todo esse tempo longe da TV?
Não sei explicar exatamente. Não houve um motivo especial. Estava esperando um convite que me empolgasse. Tenho preferência por bons papéis e não por horário. O bom é estar envolvido em um ambiente legal. Às vezes, você pega um excelente papel numa novela que não vai tão bem e começa a ser contagiado. Um bom clima nos bastidores segura qualquer ibope. Faço 44 anos em setembro e já aconteceu de tudo um pouco. Bom papel em novela que não está indo bem, galera legal com ibope péssimo, todo mundo malhando no jornal e você feliz porque vai encontrar uma turma legal...

Às vésperas de completar 44 anos, você lida tranquilamente com o envelhecimento?
Não penso muito sobre envelhecer. Sou a filha caçula, meus irmãos eram mais velhos e eu já tinha questões filosóficas sobre envelhecer e morrer desde cedo. Também já tive muitos problemas de saúde e essas questões mais graves são mais importantes para mim do que um ligeiro pé de galinha.

Já fez ou faria plástica?
Nunca fiz, o que não quer dizer que eu nunca farei. Sou como toda mulher. Um belo dia você acorda e pensa que quer fazer.

Em 2005, você passou por uma delicada cirurgia na cabeça para a retirada de um cisto. O que mudou na sua vida depois disso?
Sempre muda alguma coisa. Fiquei um pouco mais quieta, no meu canto. É natural ficar meio triste logo depois. Tem gente que gosta de dividir isso com os outros, eu não gosto muito. Foi bem na época em que estava fazendo o documentário Contratempo. Depois atuei em Eterna Magia, talvez tenha feito numa fase em que não estava totalmente recuperada. Por outro lado, fiquei animada para voltar, o trabalho é bom para te trazer de volta. Não trabalhar muito tempo é meio esquisito para mim, que faço isso desde os 16 anos.

Seus filhos, João e Antônio, já são dois adolescentes. Eles demonstram vontade de seguir seus passos ou a carreira do pai (o músico Tony Bellotto)?
Eles tocam, demonstram algum talento para atuação, mas não falo nada. Não fico dizendo para eles irem fazer teste ou para uma gravadora. Deixo rolar. Vejo eles tocando com o pai e fico louca porque não tenho talento nessa área e amo música mais que tudo nessa vida. Me sinto uma analfabeta perto deles em relação a muita coisa, mas adoro ser mãe de adolescentes.
fonte:terra

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