quarta-feira, 21 de julho de 2010

Educação e saúde dominam perguntas para o Debate On-Line


Em perguntas enviadas aos candidatos à Presidência da República que participarão do Debate On-Line 2010, os internautas brasileiros põem a educação, a saúde, a violência e a corrupção no topo de suas preocupações. O aborto, a legalização da maconha e o casamento gay - temas que costumam atrapalhar os candidatos - aparecem com menor intensidade.

Organizado por iG, MSN, Terra e Yahoo!, e marcado para a próxima segunda-feira (26), a partir das 15h, esse será o primeiro debate presidencial da história da internet brasileira. Internautas do Terra já começaram a participar do evento a partir de colaborações enviadas por meio do portal e de mídias sociais como Facebook e Orkut, do blog #eleições2010 e do Twitter @terra_eleicoes.

Envie sua pergunta para os candidatos
Saiba como participar do debate

Os candidatos José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV) confirmaram presença. A petista Dilma Rousseff anunciou que não participará. Segundo o líder do governo, Cândido Vaccarezza (PT), houve "problemas de agenda". Como é de se esperar em situações como essa, pululam e-mails e postagens nas redes sociais com críticas à ausência.

Nas perguntas dos internautas para os candidatos, são frequentes as dúvidas sobre o ensino médio e fundamental. "Como vocês trabalharão em função de uma base educacional mais qualificada? Pois o Prouni não pode ser encarado como uma solução para a má formação educacional da população", questiona, por exemplo, Mauricio Pierozzi.

Outra questão, do internauta Rafael Rodrigues Ferreira Perez, aborda a crise de Serra com os professores paulistas: "Todos os professores do Estado de São Paulo estão bem revoltados com a política de seu partido na área da educação. O que o senhor pretende fazer para melhorar esta classe de trabalhadores que a cada dia mais está afundando com a maneira do seu partido governar?".

Mesmo tendo anunciado a ausência no debate, Dilma é alvo de grande parte das perguntas. "Caso a senhora seja eleita continuará 'esmagando' a classe média com esta sobrecarga de tributos objetivando manter as 'bolsas' (bolsa familia, bolsa escola...etc)?", indaga Reinaldo Tolentino de Souza.

Recorrentes nas entrevistas de Marina Silva, questões sobre o casamento entre homossexuais são dirigidas aos três candidatos. "A Argentina acabou de liberar o casamento gay. E vocês, respondam em uma palavra se são contra ou a favor da oficialização do casamento gay", provoca Ana Maria dos Santos.

Na área de saúde, volta à cena a extinta CPMF (Contribuição Provisória Sobre Movimentação Financeira): "Ao Serra. Quando o Sr., se eleito, pretende recriar a CPMF (imposto da saude)?", indaga Fernando Sanchez Blasco.

Por fim, a violência. Pergunta de Eduardina Saldanha Altenburg: "Eu gostaria de saber quais serão as primeiras atitudes que o candidato eleito tomará no que se refere à violência que assola nossa País de uma forma nunca vista antes? Pois dessa resposta vai depender o meu voto".

Ao abordarem a corrupção, os internautas tornam a se referir ao escândalo conhecido como "mensalão", deflagrado no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2005. "Até os dias de hoje, houve-se dizer que o Sr. José Dirceu, 'deputado cassado pelo escândalo do mensalão' tem grande influência no Governo Lula. E na campanha da Sra. Dilma? Qual seria o seu envolvimento?", dispara Adriano de Oliveira e Silva.

Por sua vez, o candidato José Serra terá dificuldades para se desviar dos pedágios de São Paulo. "Pergunta ao Serra. Se ele vai colocar pedágios a cada 30 km, com preços abusivos também nas estradas federais, como faz em São Paulo, se eleito presidente", quer saber Antonio Carlos Boaretto.

No cadastro das perguntas, o usuário é obrigado a se identificar. Boa parte dos internautas se posiciona partidariamente, mas os questionamentos atingem, em tom crítico, os três candidatos. Marina Silva ganha um tratamento mais ameno: "Como, efetivamente, o extrativismo sustentável pode ser mais rentável do que o desmatamento ilegal para a população amazônica?", questiona Eduardo Sarti Jimenez

Nenhum comentário: