segunda-feira, 12 de julho de 2010

Maria Clara Mattos se diverte com a obsessão de sua personagem


Na pele da serelepe Leninha, em Escrito nas Estrelas, Maria Clara Mattos está irreconhecível. Tranquila e serena ao avaliar sua carreira de 16 anos na TV, esta atriz carioca ainda não havia vivido um tipo tão espevitado e preocupado com a estética como a divertida personal beauty da trama das seis. Tanto que, para mergulhar no nicho de tratamentos de beleza, massagens mirabolantes, salões de cabeleireiros, manicures e uma infinidade de práticas estéticas, Maria Clara teve de passar dias conversando com profissionais da área e acompanhando diversos tratamentos. Tudo para se familiarizar com esse universo de beleza que se transforma em obsessão e futilidade para muitas mulheres. "Claro que também frequento esse mundinho de mulherzinha, como fazer unha, cabelo e até faço massagens terapêuticas e estéticas. Mas a Leninha é radicalmente diferente de mim", comparou.

Além de se preocupar com o visual e fazer disso sua profissão, a personagem denuncia uma ingenuidade exacerbada em suas cenas. Na trama, Leninha é completamente apaixonada pelo sórdido vilão Gilmar, de Alexandre Nero, e não consegue enxergar as armações cada vez mais evidentes do crápula. "Se ele disser que vai trabalhar às onze e meia da noite, ela vai achar normal. Ela acredita em todo mundo, mas não é nada burra", observou.

No entanto, a personagem deve dar uma virada nesta reta final da história que termina em setembro. Além de mudar totalmente o visual de Viviane, da protagonista interpretada por Nathália Dill, que é a melhor amiga de Leninha, o papel de Maria Clara deve se destacar em cenas que mostram cada vez mais cumplicidade com a mocinha da história. "Gostaria também que a personagem tivesse um reconhecimento profissional e abrisse um salão", torceu Maria Clara, que até hoje lembra com um certo saudosismo o início de sua carreira na TV.

Depois de estrear em Pátria Minha, na Globo, em 1994, esta atriz de 42 anos foi para a Manchete, onde atuou em Tocaia Grande e Xica da Silva, ambas dirigidas por Walter Avancini. "Ficava muito nervosa porque eram meus primeiros trabalhos de maior destaque como atriz. Tudo era muito novo, a gente ralava muito, gravava mais de 12 horas por dia. Ter atuado em Xica foi incrível. Até hoje as pessoas lembram da novela", exaltou a atriz, sobre a trama onde interpretava Paulina, personagem que era meio-irmã da protagonista Xica, vivida por Taís Araújo.

Mas os trabalhos que mais divertiram a atriz na TV foram suas malvadas, como a assassina Simone, de Começar de Novo, da Globo. "Gosto mesmo é das vilãs. Esse lado meio dark é muito gostoso de fazer", animou-se Maria Clara, numa inquietude que reflete sua vontade de aprendizado na carreira. Além de ter feito diversos cursos de interpretação na Casa de Artes de Laranjeiras, a CAL, e no Tablado - duas renomadas escolas de Arte Cênica no Rio de Janeiro -, a atriz também chegou a cursar faculdades de Filosofia, Comunicação Social e Teatro, mas não concluiu nenhum curso. "Quase terminei todos, mas acabava saindo por algum projeto no teatro ou alguma novela", lamentou, sem perder o bom-humor

Fonte:terra

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