segunda-feira, 5 de julho de 2010

Tradição e azarões: saiba mais dos quatro finalistas da Copa


A Copa do Mundo da África do Sul está em sua reta final. Restam apenas quatro jogos, e os dois próximos decidirão quais serão os países que irão disputar o título. Entre os finalistas, três europeus e um sul-americano brigarão para saber quem erguerá a mais cobiçada taça do planeta.

Por isso, o Terra preparou uma relação com algumas curiosidades sobre os concorrentes que continuam na luta pelo troféu do primeiro Mundial realizado no continente africano. Dos quatro sobreviventes, dois jamais venceram esse torneio e podem realizar o feito inédito neste ano.

Confira abaixo a lista:

Uruguai x Holanda - Terça, 6 de julho, às 15h30, na Cidade do Cabo

Uruguai: a esperança da América do Sul em busca do tri

De volta - os cisplatinos estão de volta a uma semifinal depois de 40 anos. Alcançaram essa fase em 1970 (derrota para o Brasil por 3 a 1), em 1954 (caiu para a Hungria por 4 a 2) e em 1930 (goleou a Iugoslávia por 6 a 1). Em 1950, ano do bicampeonato, ganharam o troféu após a disputa de um quadrangular final.

Rival da sorte - o país venceu a Holanda nas duas vezes em que foi campeão olímpico de futebol, em 1924 (por 2 a 1) e em 1928 (2 a 0). O povo uruguaio considera essas conquistas como se fossem Mundiais, e elas renderam à seleção o privilégio de sediar a primeira Copa do Mundo.

Retrospecto favorável - em quatro confrontos, são três vitórias dos uruguaios e uma dos europeus. Além disso, jamais uma equipe do Velho Continente triunfou fora da Europa. No entanto, a Holanda venceu o único duelo contra o Uruguai em Copas: 2 a 0, em 1974.

Defesa forte - a forte defesa uruguaia é a líder de desarmes realizados no Mundial, com 65. O número é bem superior aos espanhóis e alemães, por exemplo, com 20 e 26, respectivamente. Os holandeses aparecem com 43.

Desfalques - os sul-americanos têm importantes desfalques para o duelo desta terça. Lugano e Lodeiro sentiram lesões e Fucile e Suárez cumprem suspensão, assim como os holandeses De Jong e Van Der Wiel.

Holanda: chance de a Laranja não amarelar

De volta - novamente em uma semifinal de Copa após 12 anos. Na última vez, caiu nos pênaltis diante de outro país sul-americano, o Brasil, após empate no tempo normal. Foi a única semifinal da Holanda, que é conhecida por formar grandes equipes que sempre morrem na praia.

Invencibilidade - já são 24 partidas sem derrotas, com 19 vitórias e cinco empates. Além disso, atravessa uma série de nove triunfos seguidos. O último revés foi para a Austrália (2 a 1), no dia 6 de setembro de 2008.

Sina dos anfitriões - a Holanda disputou duas finais de Copa e em ambas perdeu para o dono da casa (Alemanha, em 1974, e Argentina, em 1978). Se avançasse à final em 1998, também pegaria a equipe local, a França. Em 2010, a história pode ser diferente, já que a África do Sul foi eliminada na primeira fase.

Dois triunfos - é o que falta para a equipe laranja igualar o feito do Brasil de 1970, de Pelé, Gérson, Rivelino e Tostão. Na ocasião, a Seleção foi campeã com 100% de aproveitamento após vencer todas as partidas das Eliminatórias e do Mundial. O time dos Países Baixos pode repetir a façanha em 2010.

Algoz da América - os holandeses são carrascos de sul-americanos em Mundiais. São cinco vitorias, três empates e duas derrotas. Em 1998, empatou com o Brasil, mas perdeu nos pênaltis. A última derrota em tempo normal para equipes desse continente foi em 1994, quando sucumbiu por 3 a 2 diante dos mesmos brasileiros.

Alemanha x Espanha - Quarta-feira, 7 de julho, às 15h30, em Durban

Alemanha: camisa, tradição e ataque em busca do tetra

Tradicional - recordista, a seleção chega pela 11ª vez em uma semifinal e pela 12ª entre os quatro primeiros. Também pode alcançar sua oitava decisão, o que seria outro recorde.

Outro europeu - sofreu quatro quedas nas semifinais, todas para europeus (Checoslováquia em 1934, Suécia em 1958, Itália em 1970 e em 2006). Venceu os rivais do próprio continente nessa etapa em cinco oportunidades (Áustria em 1954, União Soviética em 1966, França em 1982 e 1986 e Inglaterra em 1990).

Tabu - os alemães não vencem a Espanha há 10 anos, desde o dia 16 de agosto de 2000, quando golearam por 4 a 1 em Hannover. Essa foi a maior goleada da história do confronto. Depois disso, foram dois jogos e duas derrotas, uma delas na final da Eurocopa de 2008 por 1 a 0.

Retrospecto favorável - no histórico do confronto, são oito vitórias dos germânicos, seis empates e seis derrotas. Marcaram 27 gols e sofreram 22. Além disso, nunca perderam para o rival em Copas. São três jogos, com dois triunfos e um empate (2 a 1 em 1966 e 1982 e 1 a 1 em 1994).

Melhor ataque - os alemães possuem o melhor ataque da Copa do Mundo, com 13 gols marcados em cinco partidas. O número é superior ao dobro dos espanhóis, que fizeram seis tentos no mesmo número de jogos.

Homem-gol germânico - Miroslav Klose alcançou a marca do compatriota Gerd Müller e tem 14 tentos em Copas. Agora, falta um para igualar o recordista Ronaldo, com 15, e apenas dois para se tornar o maior artilheiro de todos os tempos em Mundiais.

Espanha: finalmente na semifinal

Quase imbatível - nos últimos 48 jogos da Espanha antes da Copa do Mundo, eram 44 vitórias, três empates e apenas uma derrota.

Homem-gol da Espanha - David Villa é o artilheiro da Copa, com cinco gols, e pode se tornar o primeiro goleador espanhol da história. Além disso, pode quebrar a marca de Raúl e se tornar o homem com mais tentos com a camisa da seleção espanhola. O atacante do Barcelona marcou 43 em 63 jogos, contra 44 em 102 partidas do ídolo do Real Madrid.

Desempate - a Espanha enfrentou europeus em oito mata-matas de Copa. Venceu quatro e perdeu quatro. No total, contando com as fases de grupo, o retrospecto é equilibrado, com leve vantagem para os espanhóis. São 12 triunfos, cinco empates e 11 insucessos.

Tabu I - o país não vence, em Copas, nenhum dos sete países que já foram campeões do mundo desde 1950, quando bateu a Inglaterra por 1 a 0. Além disso, é um verdadeiro freguês dessas seleções nesse torneio, com nove derrotas, seis empates e apenas duas vitorias.

Tabu II - jamais, em 80 anos de Mundiais, uma equipe que perdeu o jogo de estreia ergueu a taça ao término do torneio. A Espanha, em 2010, foi derrotada pela Suíça por 1 a 0 no embate inaugural.

Tabu III - nunca uma seleção do Velho Continente se saiu campeã após vencer todos os jogos das Eliminatórias. O tabu vale para a seleção espanhola e também para a Holanda. Os espanhóis conseguiram a vaga com 10 triunfos em 10 jogos na classificatória, enquanto os holandeses conquistaram oito vitórias em oito duelos (o grupo tinha um time a menos).

Maldições caindo - os espanhóis tinham fama de amarelões, mas já quebraram a sina de 44 anos sem títulos continentais ao vencerem a Eurocopa de 2008. Agora, também superaram a escrita de nunca passarem das quartas em Mundiais e alcançaram uma semi pela primeira vez. Se quebrar os três tabus descritos acima, faz história. Chegou a hora do primeiro troféu?

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